Cão da Itaoca, Hilux Preta, Corta-Bundas: conheça histórias de terror do Ceará
O Ceará também possui suas lendas, que contam com assombrações e até crimes. Veja cinco histórias de terror que se am no Ceará
Não é só nos livros e filmes que as histórias de terror estão presentes. Elas também podem começar a partir de acontecimentos estranhos em um bairro. No Ceará, diversas cidades têm suas tradicionais histórias, e algumas até viraram notícia.
Para esta sexta-feira, 13, O POVO listou cinco histórias de terror que se am no Ceará.
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Lendas do Ceará: Lobisomem da RFFSA
De acordo com as lendas, os lobisomens são criados nas sextas-feiras 13 com noite de Lua Cheia. E uma delas indica que a criatura apareceu no Ceará.
Reza a lenda que um funcionário da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA) foi demitido e não tinha onde viver. Então, ele foi morar nos trilhos, ocupando alguns vagões abandonados.
Então, espalhou-se entre os moradores próximos aos trilhos na década de 1960, a história de que o homem era um lobisomem, e muitos até afirmam terem visto a criatura circular no ambiente.
Lendas do Ceará: Corta-bundas do José Walter
Já esta é uma das histórias que possuem evidências de que ocorreram. Entre 1984 e 1987, no bairro José Walter, em Fortaleza, um homem aterrorizou a região após invadir casas para ferir as nádegas e mulheres e até crianças. Ele foi identificado como Evandro Oliveira da Silva, de 26 anos.
Os casos viraram notícia e O POVO cobriu quando o suspeito dos ataques foi preso (veja abaixo a reportagem do jornal na época).
Em depoimento após ser preso, ele assumiu os crimes e negou qualquer interesse sexual - seu prazer era apenas talhar um corte profundo. Durante os anos de atuação, dezenas foram atribuídos ao Corta-Bundas, mas o criminoso, que sempre reconheceu a culpa, assumiu apenas dez.
Evandro morreu quase três semanas depois, assassinado por outro presidiário no Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira (IPPOO).
Lendas do Ceará: a casa mal-assombrada do Otávio Bonfim
As histórias de casas mal-assombradas também são comuns. Aconteceu em maio de 1934, quando vizinhos e moradores denunciaram uma casa do bairro Otávio Bonfim, nas proximidades da avenida Domingos Olímpio que era abalada por ruídos e pancadas misteriosas.
Ainda, surgiu a história de que uma criança chamada Maria Águeda teria sido atacada repetidamente por “um espírito louco".
Na época, a reportagem do O POVO visitou a casa e presenciou muitas pessoas em volta do local querendo ver “as visagens”. As casas da vizinhança também “não tiveram sossego” com várias pessoas indo até o local e querendo saber mais sobre as assombrações.
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Lendas do Ceará: O Cão de Itaoca
Já as manifestações sobrenaturais de uma casa no bairro Itaoca, em Fortaleza, na década de 1940, foram atribuídas ao Cão. Segundo contam, “o coisa ruim” fez um santuário se destruir, um fogão virar para baixo e talheres e pratos dançarem.
Além de estampar os jornais e a emissora de rádio da capital cearense, o caso também repercutiu no episódio 11 do programa “Incrível, Fantástico, Extraordinário”, da rádio Tupi do Rio de Janeiro. Na ocasião, foram veiculados relatos de pessoas que disseram ter presenciado a presença do Cão em Itaoca.
O tal hóspede deixou o local depois de um tempo e a casa voltou a ser ocupada por famílias. A história foi tema do O POVO em 2015:
Lendas do Ceará: A Cobra do Extra
Em 2002 surgiu um boato de que uma mãe encontrou o filho morto após fazer as compras em um supermercado Extra.
No Ceará, a rede tinha uma loja no Shopping Iguatemi, portanto, nas proximidades do mangue, ambiente que, naturalmente, abriga vários répteis do tipo. O assunto correu entre funcionários e frequentadores e o boato pegou.
Foi preciso a companhia emitir uma nota de alcance nacional sobre o assunto. “O Extra realizou uma minuciosa vistoria em suas lojas e acionou órgãos competentes como hospitais, delegacias e próprio IML, e chegou à constatação, juntamente com as autoridades locais, de que o comentário não ava de um boato irresponsável e mal intencionado, esclarecendo que o fato nunca existiu e que nada semelhante a essa história havia acontecido”.