Indústria de alumínio no Crato é averiguada por emissão de fumaça
Poluição atmosférica é avistada no anel viário que interliga o município a Juazeiro do Norte. De acordo com moradores da região, o volume de fumaça é maior durante a noiteA Secretaria de Meio Ambiente do Crato e a Superintendência Estadual de Meio Ambiente do Ceará (Semace) foram notificadas pelo Ministério Público do Ceará para realizarem averiguações em uma empresa de alumínio sediada no Crato, a 538 km de Fortaleza. A empresa estaria emitindo fumaça em grande volume.
A poluição atmosférica é avistada no anel viário que interliga o município a Juazeiro do Norte. De acordo com moradores da região, o volume de fumaça é maior durante a noite.
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O Ministério Público do Ceará (MPCE) abriu inquérito civil para investigar as licenças ambientais da empresa após a circulação de vídeos nas redes sociais mostrando uma espécie de névoa encobrindo a região do Cariri, sobretudo o município de Juazeiro do Norte.
A notificação, expedida pela 6ª Promotoria de Justiça do Crato, quer que os órgãos ambientais verifiquem a existência de licenças ambientais e se o que está previsto nos licenciamentos está sendo cumprido pela indústria.
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Licença de 2015 e redução dos danos ambientais
Em entrevista a rádio O POVO CBN Cariri, o titular da secretaria do meio ambiente do Crato, George Borges, disse que técnicos do órgão fizeram duas visitas ao local. Na primeira, realizada durante o dia, não foi constatado um volume intenso de fumaça.
Já na segunda visita, feita na última quinta-feira, 12, os técnicos da Secretaria do Meio Ambiente do Crato analisaram a documentação da empresa, constatando haver uma licença expedida em 2015 pela Prefeitura do Crato, verificando que o impacto da emissão da fumaça era regional, o que foi constatado agora, uma vez que Juazeiro do Norte está sendo atingido pela fumaça.
De acordo com George Borges, pelo fato de a empresa ter impacto regional, foi solicitado o apoio da Superintendência do Meio Ambiente do Ceará (Semace). “Estamos tentando detectar esse problema, e essa empresa vai ter que fazer algum reajuste, como aumentar a quantidade de filtros. Tem que se adequar para não estar causando danos à população circunvizinha”, disse ele.
George também ressaltou que a fábrica de alumínios está localizada no Distrito Industrial do Cariri, local com concentração de indústrias na região.
O secretário ainda garantiu que providências serão adotadas para que os danos ambientais sejam diminuídos. “O município vai tomar as medidas (necessárias) para a resolução desse problema. Está acontecendo um dano ambiental”, finalizou ele.
Conforme o Ministério Público do Ceará, caso sejam constatadas irregularidades ou falta de licenciamento, poderá ser determinada a adequação das atividades ou até mesmo o embargo da empresa, que pode estar incorrendo em crime ambiental.